O Enem utiliza a Teoria de Resposta ao Item (TRI) para corrigir suas provas, o que exige que as questões sigam regras e características específicas. Diferente de exames tradicionais, a TRI avalia as habilidades do candidato em vez da simples memorização de conteúdos. Para resolver uma questão, é necessário não apenas dominar o assunto, mas também possuir a habilidade exigida para interpretá-lo e aplicá-lo corretamente.
Por essa razão, o Enem não inclui questões do tipo “assinale a incorreta” ou que exijam apenas a repetição mecânica de informações. O foco é a avaliação da capacidade de análise e resolução de problemas, sem pegadinhas ou decoreba.
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Conteúdo
Estrutura de uma questão do Enem
As questões do Enem seguem um formato padronizado, composto por três elementos principais:
Texto-base
Todas as questões começam com um texto-base que contém informações essenciais para a resposta. Esse texto pode ser verbal (escrito), visual (gráficos, mapas, charges, cartazes etc.) ou uma combinação de ambos. Quando a fonte não é do próprio elaborador da questão, a referência bibliográfica é indicada.
Enunciado
O enunciado é a pergunta ou comando que orienta a resposta. Cada palavra do enunciado é importante, incluindo o verbo, o tempo verbal e o complemento, pois delimitam exatamente o que está sendo solicitado.
Alternativas
A terceira parte da questão são as alternativas de resposta. Apenas uma delas responde corretamente ao comando do enunciado, sendo o gabarito. As demais opções são chamadas distratores, pois, apesar de parecerem plausíveis, contêm erros sutis, levando o candidato a respostas incorretas. Os distratores não são respostas absurdas, mas análises equivocadas do problema proposto.
Estratégias para responder às questões
Desde a implementação da TRI, muitos candidatos passaram a ignorar o texto-base e ir direto às alternativas. No início, em 2009 e 2010, isso era possível em algumas questões. No entanto, essa abordagem deixou de ser eficaz, pois os textos-base tornaram-se fundamentais para avaliar as habilidades exigidas.
Portanto, a melhor estratégia é:
- Ler atentamente o enunciado antes ou depois do texto-base, dependendo da sua estratégia de prova;
- Nunca olhar as alternativas antes de compreender o enunciado e o texto-base. Os distratores podem induzir ao erro se interpretados fora do contexto correto;
- Escolher a alternativa que responde completamente ao enunciado, evitando aquelas que são apenas parcialmente corretas.
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Exemplos de questões
Exemplo 1: Questão sobre números romanos
Texto-base: Indica a fundação de uma cidade em MCDLXIX.
Enunciado: Quantos anos a cidade completará em 2050?
Alternativas:
A) Interpretação errada de MCDLXIX como 1671 → 379 anos em 2050.
B) Erro ao interpretar MCDLXIX como 1669 → 381 anos em 2050.
C) Cálculo incorreto do número → 579 anos em 2050.
D) Alternativa correta: 1469 → 581 anos em 2050.
E) Erro na leitura de LX → 601 anos em 2050.
Conclusão
A TRI avalia a proficiência do candidato por meio de itens específicos, que, juntos, determinam suas habilidades. Cada questão do Enem é projetada para medir uma competência específica, garantindo um exame mais preciso e justo. Embora a TRI utilize o termo “item”, é comum continuar chamando-os de questões, pois facilita o entendimento.