As conjunções são palavras que servem para conectar orações, termos ou frases dentro de um texto, proporcionando coesão e clareza na comunicação escrita e falada. Elas desempenham um papel fundamental na construção de sentenças complexas, permitindo a organização das ideias e facilitando a compreensão.
Existem dois tipos principais de conjunções: coordenativas e subordinativas, cada uma com funções distintas.
Neste artigo, vamos explicar tudo que você precisa saber sobre as conjunções subordinativas, dar exemplos e as diferenças entre a coordenativas e subordinativas.
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O que são conjunções subordinativas?
Conjunções subordinativas são palavras que ligam uma oração subordinada a uma oração principal, estabelecendo uma relação de dependência entre elas. Ou seja, uma oração (a oração subordinada) depende da outra (a oração principal) para ter seu sentido completo.
As conjunções subordinativas desempenham um papel essencial na construção de frases complexas, permitindo a expressão de diferentes tipos de ideias e relações entre as orações.
Elas introduzem orações que podem expressar várias relações lógicas, como causa, consequência, condição, tempo, comparação, concessão, finalidade, e proporção. Essas conjunções ajudam a especificar o tipo de relação que a oração subordinada tem com a oração principal.
Quais são as 10 conjunções subordinativas?
Tipo de Conjunção | Conjunções | Exemplos |
Causais | Porque, pois, por isso que, uma vez que, já que, visto que, que, porquanto | Estudei muito, porque queria ser aprovado. Não fui à festa, pois estava doente. |
Condicionais | Se, caso, salvo se, desde que, contanto que, dado que, a menos que, a não ser que | Se você estudar, será aprovado. Irei ao cinema, caso você me acompanhe. |
Conformativas | Conforme, segundo, como, consoante | Agiremos conforme as instruções. Segundo a pesquisa, o produto é eficaz. |
Concessivas | Por mais que, por menos que, apesar de que, embora, conquanto, mesmo que, ainda que, se bem que | Por mais que eu insista, ele não muda de ideia. Embora esteja chovendo, iremos ao parque. |
Comparativas | Mais, menos, menor, maior, pior, melhor (seguidas de que ou do que), qual (depois de tal), quanto (depois de tanto), como, assim como, como se, bem como, que nem | Ele é mais alto do que eu. Qual o motivo da sua demora? Quanto mais você estuda, melhor fica o seu desempenho. |
Consecutivas | Tal, tão, tamanho, tanto (em uma oração, seguida pelo que em outra oração), de maneira que, de forma que, de sorte que, de modo que | A situação era tão grave que tivemos que cancelar a viagem. Trabalhei duro de modo que consegui alcançar meu objetivo. |
Proporcionais | À proporção que, ao passo que, à medida que | À medida que o tempo passa, a saudade aumenta. Ao passo que ele se aproximava, a multidão se aglomerava. |
Temporais | Depois que, até que, desde que, cada vez que, todas as vezes que, antes que, sempre que, logo que, mal, quando | Sairemos quando o sol se pôr. Depois que ele chegou, a festa começou. |
Finais | A fim de que, para que | Estudamos muito para que pudéssemos passar no exame. Fiz tudo isso a fim de que você fosse feliz. |
Integrantes | Que, se | Espero que você esteja bem. Disse que iria te encontrar no parque. |
Conjunções integrantes
As conjunções integrantes são um tipo específico de conjunções subordinativas que introduzem orações subordinadas substantivas. Ou seja, orações que desempenham a função de sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicativo do sujeito ou aposto dentro da oração principal.
As conjunções integrantes mais comuns são:
- Que: Ele disse que viria hoje. — A oração subordinada “que viria hoje” completa o sentido do verbo “disse” na oração principal.
- Se: Não sei se ele vem. — A oração subordinada “se ele vem” completa o sentido do verbo “sei” na oração principal.
Conjunções adverbiais
Conjunções adverbiais são conectores que ligam duas orações ou termos dentro de uma oração, estabelecendo uma relação de tempo, modo, causa, consequência, condição, concessão, finalidade, comparação, entre outras relações adverbiais.
Elas são importantes para indicar circunstâncias que modificam o sentido do que está sendo expresso.

Diferenças entre conjunções coordenativas e subordinativas
As conjunções coordenativas e subordinativas têm funções distintas na construção de frases.
As conjunções coordenativas ligam orações ou palavras de mesma função gramatical, sem estabelecer relação de dependência entre elas. Exemplos incluem “e”, “mas”, “ou”, “portanto”. Uma frase com conjunção coordenativa pode ser dividida em duas partes independentes. Exemplo:
- Ele estudou, mas não passou no exame.
Já as conjunções subordinativas ligam orações em que uma depende da outra para fazer sentido. Elas introduzem uma oração subordinada, que complementa ou explica a oração principal. Exemplos incluem “porque”, “embora”, “quando”, “se”.
- Ele passou no exame porque estudou bastante.
Enquanto as conjunções coordenativas unem elementos de igual valor gramatical, as subordinativas estabelecem uma hierarquia entre as orações, criando uma relação de dependência.
Como identificar uma conjunção subordinativa?
Identificar uma conjunção subordinativa envolve reconhecer que ela introduz uma oração subordinada, criando uma relação de dependência como explicamos anteriormente. Para facilitar, separamos algumas dicas práticas para identificar essas conjunções:
Observe a relação de dependência
Verifique se a conjunção introduz uma oração que complementa, explica, ou detalha a oração principal. Exemplo:
- “Ele saiu mais cedo porque estava cansado.” A oração “porque estava cansado” depende da oração principal para fazer sentido completo.
Procure conjunções comuns
Algumas conjunções subordinativas frequentes incluem: “porque”, “quando”, “se”, “embora”, “como”, “desde que”, “assim que”, “caso”, “conquanto”, “posto que”, entre outras. Exemplo:
- “Estudarei se tiver tempo.”
Analise o contexto e a função
Identifique se a conjunção está introduzindo uma causa, condição, tempo, finalidade, entre outros. Cada tipo de conjunção subordinativa cumpre uma função específica. Exemplo:
- “Farei isso quando você chegar.” O “quando” introduz uma oração subordinada temporal.
Teste a independência das orações
Divida a frase em duas partes e veja se ambas podem existir como orações independentes. Se uma das partes precisar da outra para ter sentido completo, você provavelmente está lidando com uma conjunção subordinativa. Exemplo:
- “Ela ficou em casa embora quisesse sair.” “Ela ficou em casa” faz sentido por si só, mas “embora quisesse sair” não.
5 Exemplos práticos de conjunções subordinativas
Vamos facilitar ainda para seus estudos com estes 5 exemplos práticos de conjunções subordinativas.
Cada uma demonstra como essas conjunções funcionam em diferentes contextos dentro das orações.
Conjunção causal – porque
“Não fui à festa porque estava chovendo.”
Explicação: A conjunção “porque” introduz uma oração subordinada que explica a causa da ação na oração principal.
Conjunção temporal – quando
“Ficamos felizes quando recebemos a notícia.”
Explicação: A conjunção “quando” introduz uma oração subordinada que indica o tempo em que a ação da oração principal ocorreu.
Conjunção condicional – se
“Vamos à praia se o tempo estiver bom.”
Explicação: A conjunção “se” introduz uma oração subordinada que estabelece uma condição para a ação da oração principal.
Conjunção concessiva – embora
“Ela aceitou o emprego, embora não gostasse muito da oferta.”
Explicação: A conjunção “embora” introduz uma oração subordinada que expressa uma concessão, indicando uma circunstância que contrasta com a ação da oração principal.
Conjunção final – para que
“Estudamos bastante para que possamos passar no exame.”
Explicação: A conjunção “para que” introduz uma oração subordinada que indica a finalidade da ação da oração principal.
As conjunções subordinativas são essenciais para a construção de orações complexas, permitindo a ligação de ideias de maneira lógica e clara. Agora que você aprendeu exemplos práticos das conjunções subordinativas, não esqueça de utilizá-las em textos e redações para auxiliar na construção de orações.