Insegurança alimentar: qual é o cenário brasileiro?

Insegurança alimentar: qual é o cenário brasileiro?

A segurança alimentar, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), refere-se à situação em que todas as pessoas tenham acesso pleno e permanente à quantidade suficiente de alimentos de qualidade.

No entanto, a realidade para muitos brasileiros é diferente. Este artigo pode ser um importante aliado nos seus estudos de Atualidades e Geografia. Nele, reunimos as informações mais recentes, divulgadas pela ONU, sobre a situação da insegurança alimentar no Brasil, que podem compor as suas redações e auxiliar na resoluções de questões do Enem e Vestibulares.

A escala do problema

Segundo o Mapa da Fome divulgado pela ONU, mais de 20,1 milhões de brasileiros não possuem meios de comer todos os dias, e 70,3 milhões estavam em situação de insegurança alimentar entre 2020 e 2022, isso equivale a mais de 1/3 da população do país. Além disso, o relatório indica que 10 milhões de pessoas estão desnutridas no Brasil. Estes números são alarmantes e destacam a gravidade do problema de insegurança alimentar no país.

Globalmente, 735 milhões de pessoas passam fome e 2,3 bilhões estão em situação de insegurança alimentar. Esses dados colocam o Brasil como um dos países com alta incidência de insegurança alimentar, apesar de ser um dos maiores produtores de alimentos do mundo.

Causas da insegurança alimentar

Existem várias causas subjacentes à insegurança alimentar no Brasil. A pobreza é, sem dúvida, um dos principais fatores. Sobretudo, a disparidade de renda no Brasil é uma das mais altas do mundo, e muitos brasileiros não têm renda suficiente para comprar alimentos nutritivos regularmente.

Além disso, fatores estruturais como o acesso limitado a serviços de saúde e educação, falta de infraestrutura em áreas rurais e urbanas, e políticas públicas inadequadas também contribuem para a insegurança alimentar. A situação piorou com a pandemia de COVID-19, que levou ao aumento do desemprego, à inflação e à interrupção das redes de abastecimento.

Rumo à solução

Abordar a insegurança alimentar no Brasil requer uma abordagem multifacetada. Isso inclui a implementação de políticas públicas que visem reduzir a pobreza e a desigualdade, além de melhorar o acesso à educação e aos serviços de saúde.

Programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, têm desempenhado um papel importante na mitigação da insegurança alimentar. No entanto, é necessário um maior investimento em infraestruturas e serviços básicos, bem como políticas para promover a produção de alimentos a nível local.

A insegurança alimentar é um problema complexo e urgente no Brasil. Exige um esforço coordenado do governo, organizações da sociedade civil e indivíduos para garantir que todos tenham acesso a alimentos suficientes, seguros e nutritivos. Além disso, é uma questão de direitos humanos básicos e uma prioridade para a construção de um país mais justo e saudável.

Como já caiu na prova?

A insegurança alimentar no Brasil foi tema da redação da reaplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022, realizada em janeiro de 2023 para 71 mil candidatos que perderam a prova em novembro, e tratou sobre medidas para seu enfrentamento. Além disso, este assunto também pode vir em forma de questão, como a seguinte pergunta aplicada na Unioeste 2023:

Volta do Brasil ao mapa da fome é debatida por cientistas durante a 74ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC)

O Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, realizado entre novembro de 2021 e abril de 2022, mostra que mais da metade da população brasileira está em situação de insegurança alimentar, o correspondente a toda a população da França. Desse total, 33 milhões de pessoas estão passando fome. “É o tamanho da população do Peru”, comparou o professor da Faculdade UnB Planaltina (FUP) Mauro Grossi. Fonte: UnBNotícias (https://noticias.unb.br/117-pesquisa/5918-volta-do-brasil-ao-mapa-da-fome-e-debatida-por-cientistas-durante-a-74-reuniao-anual-da-sbpc)

Considere as seguintes afirmativas.

I O enfraquecimento de políticas de apoio à agricultura familiar não tem qualquer impacto sobre a segurança alimentar no Brasil, já que a maioria dos alimentos que chega ao prato das famílias é proveniente das monoculturas do agronegócio.

II As desigualdades regionais não se refletem no problema da insegurança alimentar, pois a fome se distribui igualmente por todo o território, atingindo a todos, não diferenciando classes ou etnias.

III Segurança alimentar se refere ao acesso pleno e permanente à quantidade suficiente de alimentos de qualidade.

IV Políticas de redistribuição de renda e o aumento do poder de compra do salário-mínimo não têm quaisquer efeitos sobre a segurança alimentar, pois não revertem a vulnerabilidade social das famílias pobres.

V São fatores que contribuem para a insegurança alimentar: o crescimento da extrema pobreza, o desmonte de políticas públicas de cunho social e a alta dos preços dos alimentos.

Assinale a alternativa CORRETA.

Estão corretas somente as afirmativas III e V.

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