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O que é uma fabula? Características e exemplos

Cenário colorido e fantasioso com casas rústicas, árvores gigantes e flores, ilustrando um ambiente típico de histórias imaginárias para explicar “o que é fábula”.

Você já ouviu a história de uma tartaruga que venceu uma corrida contra uma lebre veloz? Ou de uma raposa que, por não alcançar um cacho de uvas, disse que elas estavam verdes? Se sim, você já conhece o universo das fábulas! Mas, afinal, o que é fábula?

A fábula é um tipo de narrativa curta, uma história fictícia que tem um objetivo muito especial: transmitir um ensinamento, uma lição de moral. Nesses contos, os personagens são, na maioria das vezes, animais ou objetos que falam, pensam e agem como seres humanos. Essa característica, chamada de personificação, ajuda a criar uma distância da nossa realidade, tornando a mensagem mais fácil de ser compreendida.

Essas histórias com moral são um dos gêneros literários mais antigos do mundo e continuam encantando gerações. Elas nos convidam a refletir sobre nossas próprias atitudes, virtudes e defeitos de uma forma leve e criativa. Seja na literatura infantil ou em questões de vestibulares, entender a definição de fábula é fundamental.

Características da fábula

Para identificar uma fábula, basta observar alguns elementos que são quase sempre presentes. As principais características da fábula são:

  • Personagens animais com comportamento humano: os protagonistas são animais, plantas ou até objetos que possuem características humanas, como a fala, os sentimentos e os costumes. A formiga trabalhadora, a raposa astuta e o leão imponente são exemplos clássicos de personagens de fábulas.
  • Narrativa curta e objetiva: as fábulas vão direto ao ponto. A história é contada de forma breve, com um enredo simples e focado no conflito principal que levará ao ensinamento.
  • Presença de uma lição de moral: essa é a característica mais marcante. Toda fábula termina com uma “moral da história”, que pode ser uma frase curta ou um parágrafo que resume o principal ensinamento da narrativa. Essa lição geralmente aborda temas como ética, honestidade, prudência e outros valores.
  • Narrativa alegórica: a história contada é uma alegoria, ou seja, ela representa uma situação ou um comportamento humano de forma simbólica. A corrida entre a lebre e a tartaruga, por exemplo, não é apenas sobre animais, mas sobre a arrogância versus a perseverança.
  • Tempo e espaço indefinidos: as fábulas geralmente começam com expressões como “Certo dia…” ou “Em uma floresta distante…”. Isso acontece porque o local e a época não são importantes; o foco está na universalidade da mensagem, que pode ser aplicada em qualquer tempo ou lugar.

Exemplos de fábulas clássicas

Existem inúmeras fábulas famosas que atravessaram séculos e continuam sendo contadas. Conheça alguns exemplos para entender melhor a estrutura e o propósito desse gênero a seguir:

  • A Lebre e a Tartaruga: Uma lebre muito veloz zomba de uma tartaruga por sua lentidão e a desafia para uma corrida. Confiante em sua vitória, a lebre para no meio do caminho para cochilar. A tartaruga, com sua persistência, continua a caminhar lentamente e, passo a passo, ultrapassa a lebre e vence a corrida.
    • Moral da história: Devagar se vai ao longe. Ou: A persistência vence a arrogância.
  • A Raposa e as Uvas: Uma raposa faminta vê um belo cacho de uvas pendurado em uma videira. Ela tenta de todas as formas alcançá-lo, mas não consegue. Frustrada, ela vai embora dizendo: “Essas uvas estão verdes, não valem o esforço”.
    • Moral da história: É fácil desprezar aquilo que não se pode ter.
  • A Cigarra e a Formiga: Durante o verão, a cigarra passou os dias cantando, enquanto a formiga trabalhava arduamente para estocar comida. Quando o inverno chegou, a cigarra, com frio e fome, pediu ajuda à formiga, que lhe perguntou o que ela fez durante o verão. Ao saber que a cigarra apenas cantou, a formiga a mandou dançar.
    • Moral da história: É preciso pensar no futuro e trabalhar para garantir o sustento.
  • O Leão e o Rato: Um pequeno rato acidentalmente acorda um leão, que o captura e está prestes a devorá-lo. O rato implora por sua vida, prometendo retribuir o favor um dia. O leão, achando graça, o solta. Tempos depois, o leão fica preso em uma rede de caçadores. O rato ouve seus rugidos, vai até ele e rói as cordas, libertando o rei da selva.
    • Moral da história: Nenhuma boa ação é em vão. Ou: Os pequenos amigos podem se revelar os melhores aliados.

Por que ler fábulas para crianças?

As fábulas são uma ferramenta poderosa na educação e no desenvolvimento infantil. As histórias com moral oferecem muito mais do que apenas entretenimento.

Ler fábulas para crianças ajuda a:

  • Desenvolver o senso crítico e moral: ao apresentar dilemas e consequências de forma simples, as fábulas e a educação andam de mãos dadas. Elas ensinam sobre valores como honestidade, amizade, esforço e empatia, ajudando a formar o caráter.
  • Estimular a imaginação e a criatividade: o universo fantástico com animais falantes abre um leque de possibilidades para a imaginação infantil. Isso incentiva a criança a criar suas próprias histórias e a pensar de forma criativa.
  • Ampliar o vocabulário: o contato com a literatura infantil, mesmo com textos curtos como as fábulas, apresenta novas palavras e estruturas de frases, enriquecendo o repertório linguístico da criança.
  • Fortalecer laços afetivos: o momento da leitura é uma oportunidade de conexão entre pais e filhos. Compartilhar uma história e conversar sobre seus ensinamentos fortalece os vínculos e cria memórias preciosas.

Estrutura de uma fábula

Apesar de simples, a fábula segue uma estrutura narrativa bem definida, o que a torna fácil de entender e de replicar. Geralmente, ela é dividida em três partes:

  1. Introdução: É o começo da história, onde os personagens são apresentados e o cenário é descrito de forma breve. A situação inicial que dará origem ao conflito também é estabelecida aqui.
  2. Desenvolvimento: Esta é a parte central da narrativa, onde o conflito acontece. Os personagens interagem, tomam decisões e enfrentam desafios que colocam suas características à prova. É o momento de maior tensão na história.
  3. Conclusão: É o desfecho da história, onde o conflito é resolvido. Logo após a resolução, a moral é apresentada de forma explícita, sintetizando o ensinamento que a narrativa quis transmitir.

Como criar uma fábula?

Que tal se aventurar e escrever sua própria história? Saber como escrever uma fábula é um ótimo exercício de criatividade e síntese. Siga estes passos simples:

  1. Pense na moral primeiro: Antes de tudo, decida qual ensinamento você quer passar. Pode ser algo como “a união faz a força” ou “as aparências enganam”. A moral será o guia de toda a sua história.
  2. Escolha seus personagens: Selecione animais ou objetos cujas características naturais possam simbolizar os traços humanos que você quer explorar. Por exemplo, uma coruja para a sabedoria, um pavão para a vaidade ou uma ovelha para a ingenuidade.
  3. Crie um conflito simples: Pense em uma situação em que seus personagens precisem agir de acordo com suas personalidades, e que essa ação os leve diretamente à moral que você definiu.
  4. Escreva a história de forma concisa: Lembre-se que fábulas são curtas. Apresente os personagens, desenvolva o conflito e chegue rapidamente à conclusão.
  5. Finalize com a moral: Após o fim da história, escreva a lição de forma clara e direta. Por exemplo: “Moral da história: Mais vale um amigo na praça do que dinheiro na caixa.”

Autoria e origem das fábulas

As fábulas são tão antigas que sua origem exata se perde no tempo, provavelmente nascidas da tradição oral de diversos povos. No entanto, alguns escritores de fábulas se tornaram mundialmente conhecidos.

O nome mais associado ao gênero é Esopo, um contador de histórias que teria vivido na Grécia Antiga por volta do século VI a.C. Embora sua existência seja debatida por historiadores, a ele são atribuídas as fábulas mais clássicas, como “A Cigarra e a Formiga” e “A Lebre e a Tartaruga”.

Séculos depois, na França do século XVII, Jean de La Fontaine reescreveu muitas das fábulas de Esopo em forma de versos, tornando-as extremamente populares na Europa. No Brasil, Monteiro Lobato também teve um papel fundamental ao adaptar e recontar essas fábulas clássicas para o público infantil, inserindo-as no universo do Sítio do Picapau Amarelo.

Fábulas no mundo moderno

Você pode pensar que as fábulas são coisas do passado, mas elas estão mais vivas do que nunca. As fábulas modernas aparecem em diversos formatos, provando que sua estrutura e propósito continuam relevantes.

No cinema, animações como Zootopia, que discute preconceito através de uma sociedade de animais, ou Procurando Nemo, que fala sobre coragem e a relação entre pais e filhos, são exemplos de narrativas alegóricas com fortes lições morais.

Na literatura contemporânea, autores utilizam a estrutura da fábula para criticar questões sociais e políticas. Até mesmo na publicidade, histórias curtas com mensagens impactantes são usadas para conectar marcas a valores específicos. Isso mostra que o poder de uma boa história com um ensinamento universal continua a nos cativar.

Conclusão

A fábula é muito mais do que um simples conto infantil. É um gênero literário capaz de transmitir sabedoria, valores e ética de geração em geração de uma maneira lúdica e inesquecível. Suas características, como o uso de personagens animais e a presença de uma moral clara, a tornam uma ferramenta de aprendizado atemporal.

Seja através das fábulas clássicas de Esopo e La Fontaine ou das fábulas modernas que encontramos no cinema, essas narrativas nos convidam a refletir sobre o mundo e sobre nós mesmos. Agora que você sabe o que é fábula, que tal reler suas favoritas? O mundo sempre precisa de boas histórias e de grandes ensinamentos.

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