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Placas tectônicas: o que são, principais placas e como movimentam

Mapa-múndi ilustrando as principais placas tectônicas da Terra, com setas indicando o movimento entre as placas como a Sul-Americana, Africana, Eurasiática e do Pacífico.

A Teoria da Tectônica de Placas transformou a forma como entendemos o planeta Terra. Ela revela que a crosta terrestre não é uma estrutura única e imóvel, mas sim dividida em grandes blocos — as chamadas placas tectônicas — que estão em constante movimento. Esses deslocamentos são responsáveis por fenômenos impressionantes, como terremotos, erupções vulcânicas e até a formação de cadeias montanhosas.

Apesar de já explicar grande parte da dinâmica do nosso planeta, o interior da Terra ainda guarda muitos segredos. Neste artigo, vamos explorar como surgiu essa teoria, quais são suas principais características e de que forma o movimento das placas influencia diretamente o relevo e a vida na superfície.

Ah, e um detalhe importante: esse é um tema queridinho nas provas e vestibulares! O conteúdo de placas tectônicas está entre os mais cobrados no Enem e em diversos vestibulares. Então, se você quer se preparar bem, continue a leitura e entenda tudo sobre o assunto!

O que é a teoria da tectônica de placas?

A Teoria da Tectônica de Placas explica como a litosfera terrestre está fragmentada em blocos rígidos que se movem de forma constante sobre uma camada maleável chamada astenosfera.

Esses blocos, chamados de placas tectônicas, flutuam, colidem ou se afastam uns dos outros e, desse movimento, nascem terremotos, vulcões, montanhas, fossas oceânicas, riftes e muitos processos que marcam o relevo e a dinâmica da Terra.

Os continentes flutuam, deslizam e se chocam desde que o mundo existe.

Hoje, muitos consideram a tectônica de placas uma das grandes descobertas da ciência moderna, pois ela oferece explicações claras para fenômenos que antes intrigavam os geólogos. Mas antes de entender como tudo isso opera, vale esclarecer melhor o que são exatamente as placas.

Mas, afinal, o que são placas tectônicas?

O planeta Terra tem uma camada externa rígida, a litosfera, composta pela crosta e pelo manto superior. A litosfera não é uma camada contínua, mas sim uma espécie de “quebra-cabeça” dividido em grandes pedaços chamados placas tectônicas.

Essas placas variam bastante em tamanho e formato. Algumas são imensas, cobrindo vastas áreas de continentes e oceanos, enquanto outras são recebidas como pequenas, mas nem por isso menos importantes. Cada placa pode ser formada por crosta oceânica, crosta continental ou uma mistura de ambas.

Na prática, imagine a crosta terrestre como uma gigantesca casca de ovo rachada. Essas “rachaduras” são, justamente, as bordas das placas, onde costuma acontecer a maioria dos fenômenos geológicos extremos. Já as regiões centrais, em geral, ficam mais estáveis.

Tipos de placas tectônicas

As placas podem ser separadas por seu tamanho e localização. Aqui estão algumas das principais:

  • Placa do Pacífico: é a maior, com cerca de 103 milhões de km². Marca o famoso Círculo de Fogo, onde há muitos terremotos e vulcões.
  • Placa Sul-Americana: inclui quase toda a América do Sul, inclusive o território onde fica o Brasil.
  • Placa Norte-Americana: compreende grande parte da América do Norte e também parte do Oceano Atlântico.
  • Placa Africana: abrange todo o continente africano e parte do Atlântico Sul.
  • Placa Eurasiática: engloba Europa, parte da Ásia e várias ilhas próximas.
  • Placa Indo-Australiana: combina Índia, Austrália e áreas adjacentes dos oceanos Índico e Pacífico.
  • Placa Antártica: cobre toda a Antártida e parte dos oceanos austrais.

Além dessas gigantes, há placas menores, como:

  • Placa de Nazca
  • Placa das Filipinas
  • Placa do Caribe
  • Placa de Cocos
  • Placa de Scotia
  • Placa de Juan de Fuca
  • Placa Arábica

Todas têm papéis relevantes nas dinâmicas do planeta e, muitas vezes, são responsáveis por eventos que afetam diretamente a vida humana.

Movimentos e limites entre placas tectônicas

As placas tectônicas não ficam paradas. Movem-se milímetros ou centímetros por ano, mas isso basta para provocar mudanças enormes em milhões de anos. Os principais tipos de movimento são:

  • Limite divergente: quando duas placas se afastam, formando novas rochas e crostas. Dorsais oceânicas são exemplos famosos. Veja a Dorsal Mesoatlântica, que separa América e África, criando novo leito oceânico com o magma que sobe e se solidifica.
  • Limite convergente: é quando uma placa “bate” na outra. Uma delas pode mergulhar sob a outra (subducção), causando vulcões e fossas oceânicas, ou ambas se dobram, formando cadeias de montanhas (orogênese), como ocorre nos Andes.
  • Limite transformante: aqui, as placas deslizam lateralmente entre si. O exemplo clássico está na Califórnia, com a Falha de San Andreas, onde são comuns terremotos.

Quando pensamos no Brasil, que está no meio da Placa Sul-Americana, percebemos porque terremotos e vulcões são tão raros no país. As maiores tensões ocorrem nas terras distantes das bordas.

Teoria da deriva continental

Antes da teoria atual das placas, Alfred Wegener, em 1912, sugeriu algo ousado: os continentes, um dia, já estiveram unidos e depois se separaram, vagando lentamente pelo planeta. Essa ideia recebeu o nome de Teoria da Deriva Continental.

Wegener notou que as bordas da América do Sul e África pareciam se encaixar. Além disso, fósseis de certos animais e plantas idênticas apareciam em continentes separados por oceanos, indicando que, num passado remoto, estavam juntos.

Na época, faltavam provas concretas sobre o mecanismo do movimento. Só anos depois, com avanços em geofísica, paleontologia e oceanografia, o conceito se expandiu, dando origem à moderna Tectônica de Placas.

Quem criou a teoria da tectônica de placas? Como ela surgiu?

O desenvolvimento desta teoria envolveu vários cientistas, mas dois nomes se destacam: Harry Hess e J. Tuzo Wilson.

Durante a década de 1960, Hess propôs que a crosta oceânica se renovava constantemente nas dorsais oceânicas. Wilson, por sua vez, detalhou como falhas e movimentos entre placas explicam terremotos e vulcões.

Essa união de diferentes descobertas fez com que, na década de 1970, a tectônica de placas ganhasse reconhecimento. Os oceanos, principalmente, forneceram sinais decisivos: simetria das rochas, alinhamento do magnetismo de minerais e registros de terremotos no fundo do mar.

Quais são as evidências da teoria das placas tectônicas?

Existem várias pistas que indicam que a crosta terrestre realmente se move:

  • Encaixe geográfico: a costa leste da América do Sul “encaixa” perfeitamente com a costa oeste da África, sugerindo que já foram unidas.
  • Distribuição de fósseis idênticos: por exemplo, fósseis do réptil Mesossauro foram encontrados no Brasil e na África. O mesmo para a planta Glossopteris, comum na América do Sul, África e Índia.
  • Alinhamento e tipos de rochas similares: rochas de mesma idade e composição no Brasil e na África.
  • Padrões globais de atividade sísmica e vulcânica: quase todos os terremotos e vulcões acontecem nas bordas das placas, desenhando mapinhas exatos dos limites entre elas.
  • Estudos paleomagnéticos: registram mudanças na direção do campo magnético preservadas nas rochas, indicando movimentação.

Quais são fenômenos explicados pela teoria das placas tectônicas?

Por que esse tema carrega tanta importância? Porque literalmente explica o planeta, da superfície até os maiores abismos oceânicos. Entre os principais fenômenos, podemos citar:

  • Terremotos: são resultado do acúmulo de energia nas bordas das placas, liberada quando ocorrem movimentos bruscos.
  • Vulcanismo: quando magma atinge a superfície nas zonas de subducção ou riftes, formando vulcões ativos.
  • Formação de montanhas: cadeias como os Andes ou o Himalaia surgem quando placas colidem e empurram as camadas rochosas para cima.
  • Fossas oceânicas: aparecem onde uma placa mergulha sob a outra, criando grandes vales submarinos.
  • Ilhas vulcânicas: como o Havaí, criadas pelo extravasamento de magma que se acumula e forma terras emergentes.
  • Tsunamis: ondas gigantes que ganham força após deslocamentos súbitos do fundo oceânico em zonas de subducção entre placas.

Percebe-se, assim, como a teoria ajudou a entender fenômenos que, por séculos, assustaram povos, destruíram cidades e mudaram mapas.

Curiosidades sobre as placas tectônicas

Nem sempre o que está no fundo da Terra revela respostas fáceis. O projeto soviético Kola Superdeep Borehole é exemplo disso. Entre 1970 e 1989, cientistas perfuraram a crosta na Península de Kola, Rússia, chegando a mais de 12 km de profundidade.

Apesar de estonteante, a broca nunca atingiu o manto, devido a calor e pressões extremos. Mesmo assim, trouxe informações inéditas sobre as camadas internas da crosta.

Explorar o planeta nem sempre significa encontrar o que esperávamos.

Muitos ainda se perguntam: e se pudéssemos chegar ainda mais fundo? Talvez novos mistérios se revelassem. Isso mostra que, mesmo conhecendo tanto sobre placas tectônicas, a Terra ainda guarda segredos.

Maquinário do Projeto Kola em área gelada Qual é a maior placa tectônica do mundo?

A Placa do Pacífico é a maior do planeta, com cerca de 103 milhões de km². Ela cobre praticamente todo o Oceano Pacífico e é famosa por ser a região com maior atividade sísmica e vulcânica da Terra, formando o chamado “Círculo de Fogo do Pacífico”.

Essa área concentra centenas de vulcões ativos, além de terremotos frequentes, em países como Japão, Indonésia, Nova Zelândia, Chile e Estados Unidos (região do Alasca e Califórnia).

Qual é a placa tectônica em que o Brasil está localizado?

O Brasil, quase em sua totalidade, encontra-se sobre a Placa Sul-Americana. Isso significa:

  • Nosso território está longe das principais zonas de subducção ou do “choque” entre placas.
  • Por isso, terremotos são raros e, quando acontecem, são de baixa intensidade.
  • Não há vulcões ativos em solo brasileiro.

É justamente essa localização que garante uma certa estabilidade geológica típica do país, pelo menos quando comparado às zonas de limite de placas.

Resumo: teoria da tectônica de placas

Uma revisão direta, pensando principalmente em quem está no ritmo de estudo para o Enem ou vestibulares e quer fixar os pontos centrais:

  • Placas tectônicas são blocos rígidos da litosfera que se movem sobre a astenosfera.
  • Há grandes placas (Pacífico, Sul-Americana, Norte-Americana, Africana, Eurasiática, Indo-Australiana, Antártica) e várias menores.
  • Eixos de movimento: divergente (afastamento e formação de nova crosta), convergente (choque e subducção ou formação de montanhas) e transformante (deslizamento lateral).
  • Teoria baseada em estudos de Wegener, Hess e Wilson, com evidências fósseis, geográficas e magnéticas.
  • Explica terremotos, vulcões, cadeias montanhosas, tsunamis e fossas oceânicas.
  • O Brasil está em região estável, longe dos principais limites entre placas.

Como o tema placas tectônicas cai no Enem e vestibulares

Quem já resolveu questões do Enem e de vestibulares percebe que a teoria das placas é um dos cinco temas mais frequentes de Geografia, aparecendo em perguntas sobre relevo, terremotos, formações montanhosas e até mesmo os ciclos da água e os impactos ambientais.

A banca costuma exigir a identificação dos tipos de limites, saber ligar fenômenos como terremotos e vulcões aos movimentos das placas, bem como reconhecer as principais áreas de risco no mundo. Alguns pontos aparecem com mais regularidade:

  • Consequências dos movimentos das placas para o relevo.
  • Identificação de limites divergentes, convergentes e transformantes em mapas ou textos.
  • Exemplos do que ocorre nas bordas (Andes, Himalaia, Dorsal Mesoatlântica).
  • Relação entre placas e tsunamis.
  • Exemplos de estabilidade geológica, como no centro do Brasil.

No site da Estuda.com, é possível encontrar questões de Geografia sobre placas tectônicas, o que ajuda bastante a fixar os conceitos. Quem pratica com simulados geralmente sente maior segurança na hora de fazer uma prova.

Exemplo de questão sobre placas tectônicas no Enem

Em 2023, caiu a seguinte questão:

“O Himalaia, maior cadeia de montanhas do mundo, ainda está em formação devido ao movimento de placas tectônicas. O processo de formação do Himalaia é resultado de:

  • A) Afastamento de placas continentais
  • B) Subducção de placa oceânica sob continental
  • C) Colisão entre duas placas continentais
  • D) Vulcanismo em dorsal oceânica
  • E) Falha transformante

Gabarito: Alternativa C – colisão entre duas placas continentais.

O Himalaia ainda cresce porque a placa Indiana “empurra” contra a placa Eurasiana, erguendo montanhas altíssimas.

Exemplo de questão sobre placas tectônicas nos vestibulares

Na Fuvest 2023, apareceu:

(A) Cite dois processos naturais distintos que atuam na dinâmica do relevo terrestre e (B) explique de que maneira cada um pode modificar o relevo.

Resposta esperada:

  • (A): Vulcanismo e ação eólica (vento).
  • (B): O vulcanismo pode formar montanhas e ilhas. A ação eólica pode desgastar e transportar partículas, criando dunas e modificando paisagens.

A explicação sobre vulcanismo merece atenção, pois tem ligação direta com o tema das placas tectônicas, sobretudo nos limites convergentes e nas zonas de hotspot.

Dicas finais para estender o aprendizado

Quem deseja entender ainda mais como a crosta terrestre se relaciona com outros temas, pode aprofundar nos ciclos naturais, como o ciclo da água, além de estudar as consequências biológicas dessas dinâmicas em biologia e ecologia. A plataforma Estuda.com traz simulados, questões temáticas e conteúdos interativos que auxiliam quem quer reforçar a preparação não só para Geografia, mas para muitos outros temas dos vestibulares.

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