Tendência no aumento das inscrições do ENEM 2024

O aumento significativo no número de inscritos no Enem 2023, anunciado pelo Inep, marca uma mudança importante na trajetória recente do exame. Com 3,9 milhões de pessoas inscritas, houve um avanço notável de quase meio milhão de participantes em comparação ao ano anterior. Esse aumento representa um crescimento de 13,1% em relação a 2022 e de 14,2% em relação a 2021, revertendo a tendência de queda observada nos últimos anos.

Em 2021, o Enem registrou o menor número de participantes desde 2007, com 3.444.171 inscritos. Já em 2022, houve uma leve recuperação, alcançando 3.476.226 estudantes, porém ainda longe dos números observados na década passada. O Enem viveu seu auge em 2014, quando mais de 8,7 milhões de candidatos participaram do exame.

Além do aumento no número de inscritos, outro dado relevante é que seis em cada dez pessoas que se inscreveram no Enem 2023 receberam isenção da taxa de inscrição, seja por solicitação ou por estarem concluindo o Ensino Médio em escolas públicas. Esse cenário indica uma maior democratização do acesso ao exame, possibilitando que um número maior de estudantes tenha a oportunidade de ingressar no ensino superior.

E o que vai mudar no ENEM 2024? 

As mudanças previstas para o Enem 2024 representam uma adaptação importante para acompanhar a nova estrutura do Ensino Médio. O parecer aprovado pelo CNE (Conselho Nacional da Educação)  indica que o exame mudará de formato, o que pode incluir a introdução de uma prova discursiva, além das questões objetivas tradicionais. Essa medida está alinhada com as propostas do Novo Ensino Médio, que busca uma formação mais integral e contextualizada para os estudantes.

Também há a possibilidade de uma prova discursiva. Em nota à imprensa, o MEC (Ministério da Educação) reforçou que as mudanças do Novo Enem ainda estão em discussão. 

As mudanças propostas para o Enem 2024 foram discutidas em uma reunião do conselho e estão detalhadas em um documento que define como será cada dia do exame. No primeiro dia, os candidatos enfrentarão uma prova geral que abrangerá todas as áreas do conhecimento estipuladas pela BNCC (Base Nacional Comum Curricular). A intenção é que essa avaliação seja interdisciplinar e interpretativa, exigindo dos participantes não apenas o conhecimento de cada disciplina isoladamente, mas também a capacidade de relacionar e aplicar esses conhecimentos de forma integrada. Além disso, nesse mesmo dia, os candidatos também terão que enfrentar a tradicional prova de redação.

No entanto, as mudanças mais significativas estão reservadas para o segundo dia de avaliação. Segundo o parecer aprovado, neste dia serão aplicadas quatro provas diferentes, cada uma delas abordando áreas específicas do conhecimento. Os candidatos terão a liberdade de escolher qual dessas provas desejam responder, conforme as suas aptidões e interesses. As áreas e combinações de disciplinas contempladas serão as seguintes:

 

  • Linguagens, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas;
  • Matemática, Ciências da Natureza e suas Tecnologias;
  • Matemática, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas;
  • Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. 

 

Mesmo que direcionadas a algumas disciplinas, o CNE afirma que a segunda etapa do exame também deve ser mais interpretativa do que “conteudista”, de maneira que não prejudique os estudantes que optaram por fazer uma prova diferente do itinerário formativo escolhido durante o Ensino Médio. 

Apesar das novas possibilidades oferecidas pela reformulação do Ensino Médio, é importante ressaltar que cada escola tem a autonomia de escolher quais itinerários formativos serão oferecidos, levando em consideração sua infraestrutura e realidade local. Isso significa que algumas escolas podem não ter condições de oferecer todos os itinerários previstos, como o de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas ou o de Ensino Técnico, por exemplo. É neste ponto que entra um dos entraves da reformulação do Enem. 

Neste caso, como fica o estudante que deseja cursar uma área na qual não se especializou durante o Ensino Médio, já que sua escola não oferecia o itinerário formativo correspondente?

Para lidar com essa questão, o CNE determinou, no novo parecer, que mesmo as provas da segunda etapa do Enem devem ser de caráter interpretativo. Isso significa que os candidatos terão condições de responder às questões de uma área na qual não se aprofundaram durante o Ensino Médio, caso assim desejem.

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