Entenda como funciona a correção da redação do Enem; quais são as 5 competências exigidas pelo Inep e quanto cada uma vale na nota final.
Uma das principais dúvidas de quem vai prestar o Enem é sobre como funciona a correção da redação. Afinal, além de elaborar um texto dissertativo-argumentativo, é preciso atender a critérios específicos de avaliação.
Para esclarecer esse processo, confira a seguir quais são as cinco competências exigidas na redação do Enem pelo Inep, órgão responsável pelo exame, e entenda como cada uma é aplicada pelos avaliadores na hora de pontuar o texto.
Conteúdo
- 1 Quais são as competências avaliadas na redação do Enem?
- 1.1 Competência 1: Demonstrar domínio da norma culta da língua escrita
- 1.2 Competência 2: Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento
- 1.3 Competência 3: Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações para defender um ponto de vista
- 1.4 Competência 4: Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos para a construção da argumentação
- 1.5 Competência 5: Elaborar proposta de intervenção respeitando os direitos humanos
- 2 Quanto vale cada competência na redação do Enem?
- 3 Prepare-se para a redação do Enem da melhor forma!
Quais são as competências avaliadas na redação do Enem?
Para fazer a correção da redação do Enem, cada texto é analisado por corretores treinados, que atribuem notas com base em cinco competências oficiais definidas pelo Inep.
Essas competências funcionam como pilares que garantem uma avaliação justa, já que cada uma mede um aspecto específico da produção textual, confira:
Competência 1: Demonstrar domínio da norma culta da língua escrita
Essa competência verifica se o candidato consegue escrever em conformidade com a norma padrão da Língua Portuguesa. São avaliados aspectos como ortografia, acentuação, concordância verbal e nominal, regência, uso correto de pronomes, além da pontuação.
Erros frequentes, como uso de gírias, abreviações comuns da internet ou desvios gramaticais graves, comprometem essa competência. No entanto, pequenos deslizes não eliminam a nota, apenas reduzem a pontuação. O objetivo é medir se o estudante tem condições de se expressar formalmente em situações acadêmicas e profissionais.
Competência 2: Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento
Aqui, a avaliação foca na interpretação do tema. O candidato precisa mostrar que compreendeu exatamente o problema apresentado pela proposta e desenvolveu seu texto dentro desse recorte. Fugir do tema, mesmo que parcialmente, reduz bastante a nota.
Além disso, essa competência mede a capacidade de usar repertórios socioculturais válidos — como referências históricas, literárias, artísticas, científicas e sociais — para enriquecer a argumentação. Por exemplo, em um tema sobre desigualdade, citar dados estatísticos, leis ou acontecimentos recentes mostra que o candidato domina diferentes áreas do conhecimento.
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Competência 3: Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações para defender um ponto de vista
Essa competência avalia a construção da argumentação. O estudante deve apresentar uma tese clara e defendê-la com informações bem organizadas. Não basta apenas citar exemplos; é necessário relacionar dados e argumentos de forma lógica e progressiva.
Por exemplo, em uma redação sobre saúde pública, não adianta apenas dizer que “o sistema de saúde tem problemas”. É preciso explicar quais são esses problemas, trazer informações que os comprovem e relacioná-los à realidade do país. Quanto mais articulada for a defesa do ponto de vista, maior a nota nessa competência.
Competência 4: Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos para a construção da argumentação
Essa parte avalia a coesão textual, ou seja, a capacidade de ligar ideias e parágrafos de forma clara. O uso correto de conectivos (“além disso”, “portanto”, “por outro lado”) é essencial para garantir fluidez na leitura.
Redações que apresentam repetições excessivas de palavras ou frases desconexas perdem pontos nessa competência. O avaliador analisa se o texto tem continuidade, evitando rupturas ou contradições. Um texto bem encadeado demonstra maturidade na escrita e maior domínio da argumentação.
Competência 5: Elaborar proposta de intervenção respeitando os direitos humanos
Por fim, a última competência verifica se o candidato é capaz de sugerir uma solução para o problema discutido no tema. Essa proposta precisa ser detalhada, viável e respeitar os direitos humanos, ou seja, sem incitar violência, preconceito ou qualquer tipo de discriminação.
O Inep orienta que a proposta inclua cinco elementos: ação, agente, modo/meio, efeito esperado e detalhamento. Por exemplo, em um tema sobre violência urbana, uma proposta poderia envolver campanhas educativas (ação), conduzidas pelo Ministério da Educação em parceria com escolas (agente), por meio de palestras e atividades culturais (modo/meio), com o objetivo de reduzir a vulnerabilidade de jovens à criminalidade (efeito esperado).
É nessa competência que muitos candidatos se diferenciam, já que não basta sugerir algo genérico: é preciso mostrar clareza e viabilidade na intervenção.
Quanto vale cada competência na redação do Enem?
Cada uma das cinco competências é avaliada em uma escala de 0 a 200 pontos, de acordo com o desempenho do candidato. A soma das notas em todas as competências resulta na pontuação final da redação, que pode variar de 0 a 1000 pontos.
Na prática, um candidato que alcança bom desempenho em todas as competências tem maiores chances de chegar à nota máxima. Já quem apresenta dificuldades em aspectos como argumentação, coesão ou norma culta pode perder pontos em diferentes níveis, impactando diretamente o resultado final.
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